Como prometido me fiz de cobaia pelo "bem da ciencia" (ehehe) e dos meus leitores, para verificar a eficácia da decantação de vinho batido no liquidificador (quem perdeu o capitulo anterior, please clique
aqui).
Obviamente não tive coragem de provar um vinho particularmente bom ou caro, mas pra fazer um pouco mais bonito quis envolver nessa o meu País também e escolhi um DOCG (denominação de origem controlada e garantida), pela precisão um Morellino di Scansano, Le Mandorlae Baroncini 2010.
Vinho toscano, o Morellino mostra a outra face da casta Sangiovese (que na denominação pode levar também 15% de outras uvas locais como Ciliegiolo e Canaiolo, entre outras), é geralmente é um vinho “sério”, um pouco austero, bastante seco e com taninos um tanto rústicos. Este exemplar jovem, da safra 2010, me pareceu perfeito para a experiência.
Então vamos ao teste (fotos no final do post).
Servi e provei uma taça logo depois de aberto e derramei metade da garrafa no liquidificador. Bati por cerca de 30 segundos em velocidade máxima. Uma vez terminado, o liquido tinha mais cara de shake, pela grande quantidade de espuma, que por sinal, desapareceu em poucos segundos. Servi uma segunda taça e analisei o resultado.
Primeiramente, como esperava, a cor ficou inalterada. Mas a coisa mais interessante é que o vinho realmente melhorou! Com um porém. Os aromas ficaram definitivamente mais abertos e agradável e o paladar mais redondo e macio. Isto no começo. Mas ao longo do consumo (acompanhando o jantar), não sei se e como isto é possível, o álcool andou se manifestando mais. Não chegou a estragar o vinho, nem a incomodar, mas a diferença com o primeiro gole ficou notável e mais ainda acentuada se comparado com a taça de vinho não batido, que, mesmo menos exuberante e perfumado, continuava equilibrado.
Pelo que posso deduzir, mas peço a ajuda de vocês, pequenos winemakers, consequentemente à super-decantação o vinho melhorou muito rapidamente, mas pelo mesmo principio deve ter rapidamente decaído.
Enfim, na base da minha experiência daria um empate técnico. Talvez com outros vinhos e/ou tempos de batimento diferente os resultados poderiam ser diferentes (pra melhor ou pra pior).
E ai quem vai ser o próximo a provar? Aguardo seus reports e serei feliz de compartilhar a experiência de vocês com os outros, publicando no blog os novos relatórios.