Vinopoly

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A rolha definitiva anti-bouchonné é de cortiça!



Voltamos a falar de rolhas e bouchonné. Poxa, mas de novo? Sim, a questão agora se tornou pessoal. Dizem que o problema do Bouchonné afeta cerca de 5% das garrafas produzidas no mundo, mas pelo visto elas estão todas comigo...! Pois é, de fato nos últimos tempos não tenho tido sorte e me deparei neste defeito numa percentual acima do esperado (lembrando que o fenômeno, também conhecido como TCA, acontece quando a rolha de cortiça é atacada por um fungo que acaba estragando o conjunto aromático-gustativo).

Chato mesmo, mas faz parte. Até então a solução para os produtores evitarem este risco seria a rolha sintéticas ou a screw-cap (de rosca). Numa matéria recente vimos até uma nova rolha derivada de cana de açúcar. Mas testando uns vinhos da Hugel (vinícola da Alsácia) descobri que ela usa uma rolha que é ‘’bouchonné free’’, e é também de cortiça!

A empresa francesa Diam desenvolveu uma rolha que é produzida com os melhores cortes do sobrero, mas que vem processada de forma diferente. As cascas de cortiça, depois de serem lavadas em água fervente são trituradas e os grãos nobres são ‘’purificados’’ com o uso de dióxido de carbono. Em determinadas temperaturas ele chega ao estado chamado de ‘’supercrítico’’ que mistura a capacidade de penetração de um gás com a de drenagem de um líquido, conseguindo assim extrair da cortiça todos os componentes responsáveis pelo TCA e qualquer outra impuridade. Finalmente as rolhas são reconstruídas usando micro-partículas expansíveis que ligam e vedam perfeitamente um grão ao outro podendo assim escolher e adaptar qualquer rolha a qualquer tipo de vinho conforme for pedido pela vinícola.

Além disso a rolha consegue também que o líquido dentro das garrafas fique igual para todas, eliminando a diferença sensorial que pode ocorrer entre uma garrafa e outra. Tudo isso mantendo todos os vantagens e características da rolha tradicional, principalmente a oxigenação.



A Diam produz rolhas para vinhos tranqüilos, espumantes e fortificados e algumas vinícolas que já aderiram ao uso de suas rolhas são: Valdivieso, Trapiche, Billecart Salmon, Luois Jadot, Ruggeri, e Hugel (entre outras), e a demanda continua crescendo.

Se isso funciona mesmo convido todas as vinícolas do mundo a utilizar este tipo de vedação, ou então pelo menos para as garrafas que acabam indo para minha adega.









Mais detalhes nos vídeo a seguir:





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